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O período eleitoral já começou e o clima no Brasil está quente, ainda que estejamos oficialmente no inverno.
A polarização política só cresce e acaba por atingir todas as áreas e todas as relações sociais. E, portanto, esse fenômeno não estaria ausente nas relações profissionais e organizacionais.

É papel do compliance levar em conta o cenário de polarização e disputa eleitoral para orientar a organização e seus colaboradores sobre quais as condutas são aceitas no âmbito da empresa e em termos de legislações e relembrar quais não.
As orientações aos colaboradores podem ser feitas através de comunicações ou até mesmo treinamentos sobre o tema. Busque nas comunicações fazer uso de ações de impacto como tirinhas, vídeos e outras opções que gerem interesse nos colaboradores. Podem ser utilizadas notícias como gancho para trazer o assunto a baile.

Nos treinamentos relembre a toda a organização, quais as legislações importantes que precisam ser cumpridas e seus preceitos e regras, entre elas, a proibição de realização de doações política por empresas, por exemplo. E, se for o caso, relembre que a empresa incentiva que seus colaboradores participarem da vida política em comunidade.

Importante que o departamento de compliance fique atento ao canal de denúncias que pode registrar – aumento de – relatos de ações em contraponto as orientações da empresa no tópico eleitoral.

Outro ponto relacionado ao canal de denúncias que precisa ser observado é a geração de KPI, que são indicadores, capazes de identificar quais as infrações vêm sendo mais cometidas. Tais números, quando olhados bem próximos, podem nos ajudar a fazer comunicações e treinamentos mais assertivos. Sem falar que tais dados podem ajudar a empresa a enfrentar novo período eleitoral daqui a 2 anos.

Lembrando que é necessário garantir que o tratamento das denúncias seja realizado de forma imparcial e para tal é importante que o time investigativo seja profissional e tenha experiencia na área e também que o comitê de ética seja, por exemplo, composto por pessoas de diferentes backgrounds profissionais e pessoais, pessoas de gênero diferentes e dos mais variados espectros políticos.

Importante ressaltar que os processos de Due Diligencies garantem, entre outros pontos, a verificação – e não contratação – de parceiros, fornecedores, colaboradores que se enquadrem em classificações como conflitos de interesses e PEP – Pessoas Expostas Politicamente.

E por fim, para auxiliar no cumprimento do programa de compliance da empresa, é preciso que o departamento de compliance esteja com suas portas abertas e seus profissionais disponíveis para auxiliar todos que tiverem dúvidas, que desejem trazer dados e informações importantes à conhecimento da organização.