Artigo de Carlos Adriano Campana

Atualmente, podemos constatar o forte crescimento no cenário econômico por parte dos mais diferentes tipos de investidores. Diante desse volume de negócios e investimentos que está existindo, tem se observado a necessidade de implantação de controles organizacionais, já que as empresas vivem em um cenário, bastante instável, instabilidades estas causadas pelas diversas políticas regulamentadoras dos mercados, tais como a política econômica, fiscal, cambial, entre outras, além é claro a grande concorrência cada vez mais acirrados dentro de cada segmento mercadológicos.

Como estas operações, são bastante complexas e em certos casos demandam um alto volume de investimos, elas acabam levando as organizações e principalmente seus investidores, a uma busca por um modelos de gestão e controles organizacionais, que proporcionem segurança aos mesmos, diante do volume de recursos investidos, além da busca pela obtenção de uma maior rentabilidade para seus proprietários e acionistas, demonstrados em prestações de contas eficientes e dotadas de uma maior clareza nos modelos de gestão aplicados por estas companhias.

Podemos até afirmar que é bem provável que você já tenha ouvido falar sobre Governança Corporativa, pois, este conceito vem se tornando essencial no ambiente contemporâneo de negócios e no cenário das pequenas e médias empresas, este termo não seja tão divulgado, sendo talvez uma novidade, a Governança Corporativa, é um novo sistema de gestão, eficiente e que está em evidencia quando se trata de Gestão Empresarial, pois, ela aplica seus conceitos e as melhores práticas, que são úteis para alavancar os resultados de uma empresa.

É bastante oportuno dizer que a Governança Corporativa, trata-se da adoção das melhores práticas para administrar um negócio e os seus métodos tornou-se fundamental para avaliar os riscos e o retorno que um investimento possa ter. De acordo com o que prevê o IBGC1, governança corporativa é definido como sendo “um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os acionistas e os cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade”.

Constata-se que um dos principais motivos que se tem dado bastante evidência ao tema, é a eficiência e a transparência na gestão de uma empresa, já que, as empresas que adotaram a Governança Corporativa, são mais valorizadas e têm mais facilidade para captar recursos, já que, ao aplicar bem esses recursos, constroem boa reputação e se consolidam no mercado, fazendo com que haja assim, um processo contínuo de criação de valor.

Se olharmos para este cenário, de uma forma mais informal, vamos ver que a Governança Corporativa, busca aumentar a confiança das partes interessadas (investidores, acionistas, fornecedores, colaboradores, etc.) perante os Administradores de uma empresa.

Neste texto, pretende-se mostrar para os interessados neste assunto, que até mesmo as pequenas e médias empresas, estão ficando cada vez mais preocupadas com seu processo de gestão e com os resultados alcançados por elas. A transparência e os mecanismos de informações do seu desempenho econômico, tem feito com que muitas empresas, adotem mudanças na sua forma de gerir e controlar os seus negócios e claro, tais práticas tem como objetivo buscar melhoria continua de seus resultados financeiros, até mesmo das ações que possam interferir nos seus bens intangíveis (ex.: sua marca).

Fica evidente que para se conseguir um resultado positivo, é necessário que a Governança Corporativa coloque em funcionamento, várias “regrinhas” que somadas dão sentido à rotina do negócio, gerando mais agilidade, transparência e autonomia às atividades da empresa, independente de que tamanho ela seja.

Nos dias atuais, nenhum proprietário de empresa, investidor, agentes financeiros, fornecedores, clientes, entre outros, conseguem ficar distantes de instrumentos de aferição e controles, diante do volume dos investimentos praticados em uma determinada organização.    Assim, é notório, que a Governança Corporativa, tem esta função de praticar um modelo de gestão que possa oferecer a estes investidores, uma segurança, pois, necessita-se saber se o profissional gestor de uma determinada empresa está agindo corretamente, buscando sempre o melhor resultado, atuando de maneira honesta e transparente.

Uma empresa que tem a Governança Corporativa implantada, terá mais credibilidade perante investidores e parceiros.

A implantação de ferramentas de gestão, são imprescindíveis para todos os tipos de empresas, sejam elas de capital aberto ou não, mas é recomendável também a qualquer outra companhia que esteja buscando melhorar seus resultados por meio da Excelência na Gestão Empresarial.

Nesta faixa de empresas, entram as pequenas e médias empresas que normalmente não se utilizam de métodos de gestão e acabam experimentando a ineficiência em suas operações, além de problemas financeiros causados pela falta de controles, de ferramentas de Gestão, modelos capazes de oferecer o que elas não dispõem, um maior volume de informações possíveis.

A prática de Governança Corporativa acaba sendo uma boa saída para ser adotada nestas empresas, pois, ela pode ser implantada em diversos níveis, basicamente seguindo seus quatro princípios básicos: a) transparência; b) equidade; c) prestação de contas e d) responsabilidade corporativa2.

O que nos deixa bastante otimistas com este modelo, é que o sistema que era limitado a empresas de grande porte, hoje atinge as pequenas e médias empresas e vem se tornando não apenas eficiente como essencial para a gestão e o crescimento contínuo das empresas.

Um outro ponto bastante importante de se frisar, é que nos empreendimentos familiares e de menor porte, é fácil e necessário a implementação desta metodologia, já que ela regula a forma como a organização deve ser dirigida, bem como, atua na melhoria da administração do negócio e também agrega valor à empresa, fortalecendo sua imagem diante do mercado, o que faz com que haja uma maior atenção dos parceiros e eventuais investidores.

 

Esta notícia foi publicada originalmente no A Cidade.

Publicado na CompliancePME em 26 de agosto de 2020