As gestoras de recursos dão muita atenção à transparência e à ética das empresas em que investem, ambos fatores que ficam debaixo do guarda-chuva de governança corporativa no ESG (sigla em inglês para práticas sociais, ambientais e de governança). A conclusão é de um estudo realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) com 209 gestoras. Tanto transparência quanto ética foram citadas por 92% dessas instituições.

Logo depois entre as prioridades do campo de governança corporativa vêm políticas e relações de trabalho (79%), privacidade e segurança de dados (77%), independência do conselho (75%) e remuneração do conselho de administração (54%).

“Por ser um tema discutido e tratado há mais tempo, a governança chama atenção. Aspectos específicos, por exemplo, remuneração e independência do conselho de administração, precisam evoluir”, afirma, em nota, Cacá Takahashi,vice-presidente da Anbima.

Do lado da governança ambiental os fatores mais citados são o uso de recursos naturais (76%), tecnologia limpa (71%) e poluição (71%). Eficiência energética (68%) e emissões de carbono (57%) vêm em seguida.

Já na ponta social o que os gestores mais acompanham é o respeito aos direitos humanos (73%). O treinamento da força de trabalho (58%), políticas de inclusão e diversidade (54%) e diversidade na composição do conselho de administração (49%) aparecem com frequência menor.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor Econômico.

Publicado na CompliancePME em 13 de janeiro de 2022