Na última terça-feira, a Sou do Esporte realizou o seu prêmio, que tem foco na governança esportiva. Pelo segundo ano consecutivo, a entidade analisou as federações de futebol. O resultado foi o mesmo do que o ano passado, apenas as federações de São Paulo e Espírito Santo conseguiram uma pontuação suficiente para serem consideradas entidades com boas práticas.

Apesar da notícia ruim, há um dado que melhorou em relação ao ano passado. Em 2022, apenas sete federações (as do Sul e Sudeste) disponibilizavam de forma pública os documentos exigidos por lei, que são o estatuto social e os balanços patrimoniais. Já neste ano, o número aumentou para 13, incluindo as federações do Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

De acordo com a Sou do Esporte, com exceção das federações de São Paulo e do Espírito Santo, as federações “mesmo compartilhando a documentação básica exigida, ainda estava muito abaixo do nível mínimo possível de pontuação na Análise”.

— A própria CBF ainda requer um amadurecimento em relação ao que ela se propõe em termos de governança, efetivamente, e mostrar isso para o seu ecossistema, para os seus patrocinadores. Partimos para a análise das federações de futebol e isso não quer dizer que as federações de futebol estejam piores ou melhores que as federações olímpicas, mas é um ecossistema muito mais esponjante, em termos de competições, de recursos, etc. E houve, digamos assim, uma mudança em termos do ano passado para esse ano, mas está muito aquém da capacidade do futebol de trazer estatutos, que são o princípio de tudo — disse Fabiana Bentes, presidente da Sou do Esporte.

 

Publicada originalmente no site de O Globo

Publicado na CompliancePME em 19 de dezembro de 2023