No dia 19/11/2018, a CompliancePME, junto com o Compliance Women CommitteeCompliance Women Committee (CWC): é um grupo de mulheres comprometidas com as pautas do empoderamento feminino e da cultura de integridade no ambiente corporativo . Várias autoras deste Guia fazem... Saiba mais (CWC) promoveu uma palestra sobre ‘’ComplianceSubstantivo advindo do verbo to comply (agir de acordo, cumprir, obedecer). Estado de estar de acordo com as diretrizes ou especificações estabelecidas pela lei ou regras, políticas e procedimentos de... Saiba mais nas pequenas e médias empresas’’, no Centro de Aprofundamento e Desenvolvimento Profissional (CADP), no Centro do Rio de Janeiro.
O foco dos debates foi em como implementar, de forma eficaz, os programas de integridadeConjunto de escolhas que estejam em sintonia com as crenças pessoais e os valores da empresa, prezando pela ética nas tomadas de decisões. Saiba mais nas PME’s, levando em consideração as peculiaridades jurídicas, logísticas e administrativas de cada uma, além de suas limitações financeiras e operacionais.
Com a casa cheia, e com as palestrantes vestindo rosa em apoio ao combate ao câncer de mama no chamado “outubro rosa”, o evento foi aberto pela Daniele Pescadinha, que é Regional General Counsel LATAM da Dover Fueling Solutions, que diante da presença de muitas mulheres novas no grupo, explicou sobre o propósito e funcionamento do CWC e em seguida passou a palavra à fundadora da CompliancePME, Camila Gullo. Sua palestra teve como tema “Os desafios de implementação de compliance nas pequenas e médias empresas” e teve enfoque em mostrar aos presentes que o próprio mercado já vem cobrando e passará a cobrar cada vez mais que esses empresários passem a aderir ao Compliance e que negociar com empresas que demonstrem ter um programa de integridade efetivo facilitará muito as transações e o relacionamento com as grandes empresas, ou mesmo a máquina pública, que também está passando a exigir programas de integridade de seus fornecedores.
Além disso, demonstrou que na prática não se precisa se investir muito para se implementar e desenvolver um programa de integridade dentro das empresas, independente do seu porte. Como exemplo, mostrou para os presentes uma caixa de papelão escrita ‘’CANAL DE DENÚNCIAS’’ para provar que, com boa vontade, o pequeno ou médio empresário pode ter seu canal de denúncias sem que precise contratar um grande sistema para isso. Ilustrou que o PME vive em ‘’um mundo real’’ diferente daquele das grandes corporações e que isso precisa ser levado em conta na elaboração do programa de integridade.
Depois tomou o lugar de fala Viviane O’Connor, gerente de Compliance da Souza Cruz. A palestrante começou explicando como funciona a cadeia produtiva dentro da empresa dela com foco na fase de avaliação de riscosAvaliar a probabilidade e a severidade do dano. Probalidade x Impacto. Normalmente são avaliados em: baixo, médio, alto. Saiba mais, e explicou que quanto maior a cadeia produtiva, maior a cadeia de fornecedores e que, por isso, a Souza Cruz tem muito contato
com os pequenos e médios empresários. Ilustrou como funciona o processo de contratação da empresa com seus fornecedores esclarecendo que todo ele passa por um crivo enorme e que inclui a investigação do PME. Como a Camila, a gerente de Compliance da Souza Cruz reforçou a importância de os programas de integridade serem efetivos e não somente existirem, para que se possa negociar com a referida empresa. No fim, abriu para perguntas aos presentes que resultou em vários debates quanto a importância de acompanhamento por parte desse nicho empresarial de seus colaboradores.
Finalizando as palestras, assumiu o lugar a Renata Ventura que é gerente de Compliance da Accenture. Mais uma vez o foco aqui foi a contratação das pequenas e médias empresas por parte das grandes corporações e seus processos. Começou falando sobre due dilegence e sua relevância, a abordagem feita pela Accenture e depois compartilhou com o público alguns casos concretos. Tentou deixar claro para quem estava presente que ‘’empresas íntegras se relacionam entre si’’ e provou, com dados estatísticos que, para que as PME’S sejam contratadas por grandes empresas, cada diz mais, elas devem passar por um procedimento de investigação e avaliação de riscos. Além disso, falou também de como programas de integridade servem como um diferencial competitivo para os pequenos e médios empresários e ilustrou que na fase de mitigação de riscos, leva em consideração o tipo de atividade exercida pelo fornecedor.
Por fim, abriu-se espaço para debates entre as palestrantes e o público, que foi muito participativo, com o debate tendo sido rico em informação, diálogo e troca de experiências. Finalizados os debates, abriu-se o coffee break onde houve espaço para um networking entre todos os presentes.
