Confundir engajamento com motivação é um dos erros mais comuns cometidos pelas lideranças; o ato de engajar é um aspecto mais cognitivo do que emocional

O papel da governança corporativa é muito mais do que inserir um conjunto de práticas para gerir uma empresa; trata-se da arte de gerenciar todos os aspectos que envolvem – direta e indiretamente – acionistas, diretoria, funcionários, stakeholders, consumidores.

Governança é fundamental para o fortalecimento dos negócios. As empresas precisam evoluir na entrega de valores e na formação de pessoas mais engajadas e uma boa governança corporativa é aquela que contribui para que isso aconteça.

Gestores que fazem reuniões individuais com seus funcionários, por exemplo, conseguem ter equipes mais comprometidas do que os que não adotam a mesma prática.

Segundo uma pesquisa realizada pela Feedz, plataforma de engajamento de colaboradores, ter um ambiente leve e amigável também conta para que os colaboradores vistam a camisa e tenham aquele sentimento de pertencimento.

A pesquisa constatou também que se o propósito e os valores da empresa estiverem alinhados e houver práticas de gestão que estimulem a integração e comunicação, existirá um terreno mais favorável para bons relacionamentos.

Um dos erros mais recorrentes dos gestores é quando confundem engajamento com motivação e acreditam que proporcionar momentos de lazer e diversão (que também têm a sua importância) irão resultar em um maior engajamento.

O ato de engajar acaba sendo muito mais cognitivo do que emocional. As pessoas precisam compreender o processo e se sentir parte dele para vestirem a camisa.

“Eu engajo porque sei qual é o objetivo, sei para onde estão indo, e por enxergar uma coerência estratégica neste processo eu me sinto parte dele”.

Neste contexto, ter uma governança corporativa que saiba como engajar suas lideranças é essencial para estimular o crescimento da empresa de forma mais humanizada, dando a ela ferramentas e percepções que às vezes na correria do dia a dia os próprios sócios da empresa não conseguem enxergar.

Este, por sinal, acaba sendo o grande trunfo do conselheiro corporativo: o seu distanciamento crítico que lhe permite observar o todo com mais clareza e isenção.

Por Claudia Elisa Soares 

Originalmente publicado em RH para Você

Publicado na CompliancePME em 21 de abril de 2022