Brasília foi palco, nesta quinta-feira (12/06), do evento paralelo à reunião do Grupo Anticorrupção do G20 (ACWG), coordenado pela Controladoria-Geral da União (CGUControladoria Geral da União (CGU): é um órgão federativo de controle interno que atua na defesa do patrimônio e na transparência das receitas, despesas e atividades da gestão pública. Nos... Saiba mais), copresidido pelo Brasil, na presidência da África do Sul. O encontro reuniu representantes de diversos países, organismos internacionais e especialistas para discutir desafios e boas práticas na promoção da integridadeConjunto de escolhas que estejam em sintonia com as crenças pessoais e os valores da empresa, prezando pela ética nas tomadas de decisões. Saiba mais pública e na prevenção à corrupçãoEtimologicamente, o termo corrupção surgiu a partir do latim corruptus, que significa o "ato de quebrar aos pedaços", ou seja, decompor e deteriorar algo. É o ato ou efeito de... Saiba mais, com foco especial na realidade da América Latina e no combate ao crime organizado.
O tema do evento foi “A Dimensão Preventiva no Combate à Corrupção diante das Novas Formas de Crime Organizado”. O encontro contou com o apoio do El Paccto, da União Europeia no Brasil. Durante a abertura, foi destacada a importância das conexões informais e da cooperação prática entre os países.
Para o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, o Brasil tem se sensibilizado com a problemática do crime organizado e, sob a liderança do Presidente Lula, recentemente propôs reformas à Constituição que buscam ajustes na Segurança Pública brasileira e fortalecem o papel da União no planejamento e coordenação da segurança pública nacional, como resposta ao avanço do crime organizado.
Segundo Vinícius de Carvalho, a pauta está na ordem do dia no Brasil e encontra, no evento paralelo, um momento propício para troca de experiências, disseminação de boas práticas e compartilhamento de desafios entre as instituições e os países participantes.
“É fundamental repensar o conceito de integridade: não como simples ausência de corrupção, mas como a capacidade do Estado de se proteger contra sua captura por organizações criminosas. Essa integridade ativa deve ser tratada como infraestrutura crítica da Administração Pública”, destacou o ministro da CGU.
O secretário de Integridade Privada, Marcelo Pontes, também enfatizou a relevância do encontro. “Os tópicos que discutimos hoje são importantes não apenas para o Brasil, mas para todos os países aqui representados. São desafios que compartilhamos. Espero que este encontro tenha sido uma oportunidade de troca, inspiração e energia para que possamos voltar aos nossos escritórios motivados a continuar esse trabalho tão essencial para a nossa sociedade.”
O evento também foi marcado pela participação da secretária de Integridade Pública (SIP) da CGU, Patrícia Oliveira, e da secretária Nacional de Acesso à Informação (SNAI) da CGU, Lívia Sobota.
Na ocasião, a secretária da CGU Patrícia Oliveira apresentou o Sistema de Integridade, TransparênciaÉ o que se pode ver através, que é evidente ou que se deixa transparecer. É a virtude que impede a ocultação de alguma vantagem pessoal. Saiba mais e Acesso à Informação da Administração Pública Federal (SITAI) e destacou ações voltadas à integridade pública, com ênfase na prevenção de conflitos de interesse e nos avanços do projeto de divulgação das declarações de conflito. Já a secretária Lívia Sabota abordou o papel da transparência no diálogo entre Estado e sociedade, ressaltando a importância do uso de tecnologias nas políticas de governo aberto.
A chefe da delegação brasileira do GTAC e assessora especial da CGU, Elisabeth Cosmo, afirmou que o contato direto é fundamental para promover uma cooperação efetiva. “Neste evento paralelo, compartilhamos boas práticas e experiências sobre como organizamos nossas instituições para prevenir a corrupção e promover a integridade pública, com especial atenção ao papel desempenhado pelos atores externos. Também discutimos as relações entre o combate à corrupção e o crime organizado. Esse não é um tema novo na agenda internacional, mas ainda representa um grande desafio”, afirmou.
A programação permitiu a troca de experiências sobre como diferentes países organizam suas instituições para prevenir a corrupção e promover a integridade pública, com especial atenção ao papel dos atores externos. Também foram discutidas as interseções entre corrupção e crime organizado, um tema antigo na agenda internacional, mas ainda extremamente desafiador.
O encerramento reforçou os laços construídos entre os países participantes e o compromisso conjunto com a integridade pública, a transparência e o combate ao crime organizado.