Com o intuito de atrair mais parceiros e de gerar mais confiabilidade no mercado, o Flamengo está implementando seu programa de integridade e a criação do departamento de compliance. Para viabilizá-lo, o clube contratou a empresa Maria Quitéria.

A primeira fase foi de “mapeamento de risco”, com entrevistas a vários funcionários. Na sequência, elaborou-se uma primeira versão de código de ética, que ainda será revisitada. Está na metade do processo, e a expectativa é de conclusão para daqui a dois meses.

– Assim como investimos no SAP ((processo de automação onde passa tudo, como compras e outros itens) e trouxemos uma Big Four (EY) para auditar o clube, nossa gestão vai dar mais uma passo pela transparência, profissionalização e legalidade. O mundo mudou, e o Flamengo mudou junto. Não adianta dizer que é a favor e não ter um processo que estimule o controle disso tudo: programa de integridade, estimulo à ética e honestidade nos processos internos, legais e de gestão – afirmou Rodrigo Dunshee, vice-presidente geral e jurídico do Flamengo.

Com tal movimento, o Flamengo se adequa a uma nova regulamentação do Governo Federal, que baixou norma obrigando empresas interessadas a contratar qualquer poder público a terem um departamento de compliance (Lei nº 12.846).
Normas de conduta e ética estão sendo redigidas com base no mapa de riscos identificados. O Flamengo terá um comitê de ética e canal de denúncias. O clube entende que a implementação do compliance trará os seguintes benefícios:

  • Melhoria da Reputação.
  • Prevenção de Riscos Legais.
  • Prevenção de Riscos Financeiros.
  • Aumento da Produtividade.
  • Competitividade no Mercado.
  • Melhoria do Ambiente de Trabalho.
  • Otimização de Processos.
  • Cumprimento de Normas Regulatórias.
  • Fomento do comportamento ético no ambiente de trabalho.
  • Maior atratividade para atuais e novos parceiros investirem em patrocínio e exposição em nossas mídias e aprimoramento das regras de combate à corrupção.

Assim que finalizar o processo de implementação do compliance, o Flamengocontratará uma pessoa especializada da área para tocar o departamento. O clube, porém, pretende aproveitar pessoas do atual quadro de funcionários para compor o comitê de ética, por exemplo.

O Flamengo entende também que o compliance dará uma maior reputação ao Flamengo, já que potenciais patrocinadores privilegiam clubes que têm esse tipo de departamento com o intuito de minimizar riscos de ocorrência de problemas internos.

Disponível originalmente no site do GE. Publicado na CompliancePME em 16 de maio de 2024